Estava decidido: apartir daquele dia, sua vida ganharia um novo rumo. Nada mais de lamentações, tristezas ou angústias em seu peito. Queria se libertar do que estava vivendo, pois sabia que não tinha parte nisso! (ledo engano!)
Começou a frequentar novos lugares, a fazer novos amigos, a enfrentar novos desafios. Assim, concluiu, poderia esquecer o que o aflingia. Se lembrou como seu amigo - antes inimigo - sempre agia (era de sua natureza): deixava as coisas acontecerem, como uma folha solta ao vento, sem destino, apenas aproveitando a brisa a carregá-la, indo a lugares onde nunca fora, vendo coisas que nunca imaginara. E ele agia assim, cantando, dançando, sorrindo...
(...)
Mas ele sabia que não era o que representava nem o que estava sentindo, pois aquilo tudo era só uma forma de enganar a si mesmo. Sabia que seus pensamentos continuavam girando em torno de um só objetivo e, por mais que disfarçasse, não conseguiria esquecer.
Só resta, para ele, voltar para casa, descansar... Ao acordar, seguiria a premissa de seguir a vida como idealizara, mas a sua real essência, ele não deixaria de ser e sentir...
Tome seu café, sorria e saia de casa, mas não esqueça de colocar sua maquiagem, pois quem nasce pra ser pierrot nunca será arlequim.